Podemos dizer que há décadas a tecnologia vem influenciando a forma de fazer propaganda no mundo todo. E nós, como profissionais, precisamos entender estes novos canais, e compor isso dentro do processo de divulgação dos nossos clientes.
Thiago Oliveira,
Executivo de Contas e Planejamento – Invente Comunicação
Antigamente, nos primórdios dos meios midiáticos, o domínio da Publicidade acontecia pelo jornal impresso. O jornal concentrava anúncios no mundo todo e era o grande veículo de massa que existia. Além disso, durante muitos anos, o jornal foi fundamental para o processo de comunicação direcionado ao consumidor. Nessa época, a manutenção de uma edição era basicamente oriunda de assinaturas de leitores assíduos pela informação, tendo a propaganda como um elemento de forma a complementar a renda do veículo.
Em seguida, a TV rouba a cena de forma direta e sem pedir licença. A partir daí o jornal começou a cair em sua principal fonte de renda. Alguns anos depois, a Internet consegue trazer todas as mídias para um único meio e o impacto de um novo meio midiático acaba reduzindo drasticamente o número de exemplares de jornal comercializados. A partir dessas mudanças, a situação se inverteu e a principal receita para “sustentabilizar” um veículo de mídia impressa passa a ser a Propaganda, pois o que tinha como receita de assinaturas já não comportava mais a produção do impresso.
Ou seja, as históricas mudanças nos meios de comunicação influenciam na forma de fazer a Propaganda, sendo que a Publicidade interage muito mais com os consumidores. E acredite, o futuro da Propaganda está diretamente ligado ao futuro dos meios de comunicação.
Em meio ao século XXI, as grandes agências já perceberam que a Internet tem um potencial infinito de promoção. Nela criamos novos métodos, como, por exemplo, a contagem por clique, onde conseguimos assegurar que o internauta tenha contato visual com o produto ou serviço anunciado, e consiga interagir com ele. Já em um jornal ou televisão, não é garantido que o leitor ou espectador reaja àquele estímulo apresentado, apesar de visualizar a informação.
Porém, nem todas as agências conseguem desenvolver um trabalho para seus clientes utilizando estes novos preceitos da era digital. Assim, encontram dificuldades em penetrar nessa nova área da mídia e fomentar novos caminhos para seu portfólio de serviços.
O maior exemplo é o Google, um simples site de pesquisar que se tornou o maior “publicitário” do mundo. Seu alto número de visualizações e o direcionamento personalizado ao consumidor o tornam um grande atrativo para expor uma marca na rede. Com o advento do Google, muitas empresas não viram mais a necessidade em trabalhar com Agências de Publicidade, pois podiam ter uma exposição no maior site do planeta. Logicamente que isso ainda é passível de comparação com resultados de anunciantes que estruturam sua estratégia de forma integrada, usando outras ferramentas para vender seus produtos ou serviços, o que surte mais aproveitamento a médio/longo resultados reais do trabalho de comunicação.
Mas, as grandes questões são: o que o futuro reserva para a Propaganda? E o que altera na forma que trabalhamos a Publicidade para as empresas nos dias de hoje?
As novas concepções sobre a Publicidade já estão sendo desenvolvidas e devem surgir nos próximos anos. Uma dessas novas concepções é o Google Glass, por exemplo, ou em tradução livre, “pague-pelo-olhar”. Na prática isso representa a ideia do clique seria substituído, fazendo com que o anunciante pague por cada visualização do internauta em seu anúncio.
Para muitos, seria algo estranho. Entretanto, o mercado publicitário está constantemente se reinventando e novas maneiras de vender um produto ou serviço estão surgindo, sempre aliadas aos novos rumos do meio midiático.
A Propaganda teve tantas e tantas modificações nas últimas décadas que não estranharia se, em um futuro próximo, a própria mídia impressa voltasse a dominar as cifras dos anunciantes. Vale aguardar e ver o que agora não chamamos mais de evolução, mas de revolução dos meios de comunicação e o futuro das tendências de consumo.
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