Nas últimas semanas, o Brasil começou a sentir os impactos da crise viral que está assolando diversos países pelo mundo. Mas talvez isso não seja a única “pandemia” pela frente, precisamos pensar no pós-pandemia.
Thiago Oliveira,
Executivo de Contas e Planejamento – Invente Comunicação
Estão sendo semanas terríveis para a população mundial, e como não seria diferente, um cenário extremamente incerto para a economia.
No Brasil, de um aparente descaso com um “mero” vírus gripal passamos para uma pandemia que leva a população à beira da loucura, lotando supermercados e farmácias, acabando com estoques de álcool, álcool em gel, e de medicamentos que se quer servem para auxiliar no problema. Loucura essa que gera incertezas quanto à sua saúde, o seu emprego, o seu futuro … que força o governo a incentivar o não contato físico entre as pessoas e a evitar aglomerações.
E pelo bom senso neste início pandêmico, muitas empresas aderiram a ações de contenção do vírus, permitindo assim que os seus colaboradores pudessem trabalhar em casa (ao menos em alguns setores).
As providencias iniciais por parte do governo foram tomadas, tardias talvez, como a suspensão na circulação das pessoas em espaços públicos, eventos culturais, teatros, cinemas, bibliotecas, escolas e universidades. Mais tardio ainda, fora o fechamento das fronteiras com o nosso país, e até mesmo a entrada e saída do transporte interestadual em nossas divisas regionais.
Além disso, o comércio dito como “não essencial” (ao menos colocado desta forma pelos governantes) como lojas, salões, academias entre tantos outros (em suma maioria no país tidos como “pequenos negócios”) estão fechando as portas aos poucos. Todas essas medidas em um certo ponto com muito bom senso, porém, todas com tempo indeterminado.
Eis o problema…
E aqui entre nós, sem questionar que essas medidas iniciais eram necessárias, o problema é que todas elas rapidamente impactaram o varejo, os serviços e a indústria. E quando pensamos na economia, tenhamos conosco que os micros e pequenos empreendedores são os que mais vão sentir o impacto da crise.
Pois você pode apostar, a economia irá sim ser afetada e as finanças entrarão em quarentena…
Passar 20… 30… 60 dias ou mais vendendo menos ou nada, é fatal para qualquer negócio, muitos podem fechar as portas não por tempo indeterminado, mas para sempre, o eminente desemprego e as possíveis dívidas serão meros efeitos de “guerra”.
Calma! Não estou pintando um cenário apocalíptico, e lógico que não teremos uma “invasão zumbi” como nos filmes de hollywood …, mas sim, chamo a atenção para o pós-pandemia, ou seja, é hora de tomar medidas de contenção emergenciais, projetar novos modelos de operação, e planejar o depois.
A forma de sobreviver à crise que enfrentamos atualmente é tentar achar soluções para diminuir os impactos nas pequenas empresas, afinal, são elas que correspondem por quase 53% dos empregos com carteira assinada no país, fora os informais. E quando falamos em achar soluções, passamos diretamente pela a maneira de como fazemos negócios.
Então vamos falar de algumas medidas e soluções que podem ajudar neste período, como:
MEDIDAS DE CONTENÇÃO
Trabalhe com segurança nas margens de preço pois em um cenário onde as vendas estão reduzindo, ou em alguns casos suspensas, é preciso precificar corretamente os produtos/serviços, afinal de contas, você não quer prejudicar o caixa futuro tentando fazer descontos atrativos somente para vender no desespero ao cliente.
Ao calcular os custos (que é um dos maiores erros principalmente dos pequenos comerciantes) considere todas as variações como matéria prima, custo hora/trabalho, acabamento, entrega, impostos etc. E no caso de produtos perecíveis lembre-se, estes poderão sofrer alterações de preço por conta do abastecimento.
Quanto ao estoque, se o seu fluxo de caixa é preocupante, não vacile! Afinal, para a saúde do seu negócio, vale mais a pena vender no custo do que assumir empréstimos.
Negocie melhor com os seus fornecedores porque isso pode refletir direto em economizar ou esbanjar. Em geral quando falamos em fornecimento de mercadorias ou insumos, se não o fizer de forma assertiva e com uma boa gestão, o impacto financeiro pode ser grande.
No momento em que nos encontramos, devemos tentar ao máximo equilibrar gastos. Logo, uma solução é negociar o cancelamento de pedidos que foram feitos, porém ainda sem uma previsão de entrega, ao menos tentar postergar a entrega já ajudaria. Agora você precisa priorizar os pagamentos de insumos e mercadorias que já recebeu!
Pense que estamos atravessando um momento incerto, a situação está difícil para você, para seu fornecedor, para o fabricante (para toda a cadeia de distribuição) e precisamos ser flexíveis, para continuar fazendo negócios e futuramente estabelecer novos contratos.
Tente negociar o aluguel do imóvel com o locatário já que isso pode ser uma medida de contenção de gastos extremamente importante neste período. Como estamos em meio a uma calamidade pública, qualquer tipo de contrato de locação pode e deve ser repactuado.
Não suspenda operação complemente, reestruture e adapte, afinal de contas o bom senso é bem-vindo no momento em que o cenário vira bruscamente. Se alguma entrega ou serviço não foram feitos, não suspenda a operação apenas, repense e resolva diferente.
Entre em contato com o seu cliente, e tente oferecer uma nova solução sem deixar ele na mão, ou no mínimo de uma justificativa bem esclarecedora, tenha em mente que nenhum mal perdura, e quando a crise passar seus clientes precisam lembrar que você estava ao seu lado, isso fará com que as vendas continuem girando.
Dependendo do produto/serviço oferecido, você pode até pensar em alternativas como atendimento com hora marcada, agendamento individual, desde que atendendo a todas as recomendações do Ministério da Saúde com o trato pessoal. E para tentar evitar cancelamentos, uma boa ideia é entregar um benefício a mais, o que também pode ajudar a diminuir o estoque, ou preservar o futuro da sua carteira de clientes.
Aposte nas vendas online, pois o e-commerce pode ser uma boa alternativa ao seu ponto de venda, faça a leitura de todo o seu segmento de atuação e reposicione o seu produto.
Dependendo do negócio é possível criar um canal de vendas online, fazer entregas em casa fornecendo praticidade, comodidade e segurança ao seu consumidor, manter as vendas, ou inclusive amplia-las. Todo comércio deveria pensar em ser “multicanais”, neste momento ainda mais.
Lógico que para conseguir suportar a operação é preciso fazer um mínimo de investimento na implementação de uma loja virtual. Além disso, o sucesso de vendas de um e-commerce é a PERFORMANCE! Então também é necessário investir em campanhas para atração de clientes por meio do Google AdWords, e anúncios segmentados nas Redes Sociais mais adequadas ao seu público.
Outras ferramentas e estratégias que podem render uma performance ainda maior, é fazer uso dos Marketplaces para focar em vendas multiplataformas ao mesmo tempo, bem como, a integração de um CRM ao seu sistema de venda online.
Amplie a prospecção de novos clientes e encontre novas oportunidades em meio à crise. Pois apesar de parecer lógico, e até mesmo ser óbvio por conta do momento, com a retração da economia, menos circulação de consumidores nas ruas, e ainda por cima o comércio fechando, existe a possibilidade uma empresa acabar fazendo isso de forma atropelada e sem motivação, porém, a máquina precisa continuar girando.
Mudar o atual sistema de vendas para uma prospecção qualificada de clientes é uma ótima alternativa, pois irá facilitar a identificação de pessoas físicas e jurídicas com real potencial de compra. Na prática, menos tempo e mais vendas.
Desta forma você deve investir em sistemas de automação da base de marketing, criar jornadas de compras, e trabalhar amplamente com campanhas de conteúdo e ofertas para toda a sua base, assim posteriormente gerar interesse e converter vendas.
Sempre podemos contar com as novas tecnologias, que podem e devem melhorar a performance da nossa equipe!
PLANEJAR A CONTINUIDADE
Modifique o seu atendimento quando o comércio voltar a operar, afinal de contas muitas condições serão impostas, os serviços terão que se reinventar quanto a higiene e a saúde. Empresas que por ventura estiverem mais adaptadas às novas condições sanitárias, sem dúvida sairão na frente.
Se lembre, um bom atendimento é aquele que faz o cliente se aproximar. Ele está sempre disposto a ouvir e aconselhar em muitos casos, ele dá a devida atenção e orienta.
Logo, revise o processo do atendimento da sua empresa … aperfeiçoe.
Procure captar recursos apenas quando necessário. Algumas instituições estão reforçando suas linhas de crédito para este ano, exemplos como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal que adicionaram aproximadamente R$ 175 bilhões em suas respectivas linhas.
Além disso, o Banco do Brasil irá destinar mais da metade de suas linhas de crédito apenas para empresas, enquanto a Caixa Econômica Federal prorrogou o prazo do pagamento de dívidas por mais 60 dias.
Já o BNDES deve aprovar mais de R$ 100 bilhões adicionais como medida de emergência, assim como os incentivos do Banco Central que pela 6ª vez seguida irá reduzir os juros.
Diversos bancos e instituições financeiras estarão oferecendo crédito e renegociando dívidas para as pequenas e médias empresas. E pode não ser o ideal, porém, neste cenário são ótimas notícias.
Só cuidado, isso são soluções a curto prazo, e ainda não sabemos quando a crise irá terminar. Então analise bem, pois estes recursos precisam ser utilizados com muita sabedoria.
Agora a ordem é pensar fora da caixa, o monstro apareceu, e ainda nem mostrou suas garras…
Quando a crise do coronavírus passar, alguns setores terão uma recuperação mais rápida do que outros. Sabemos que empreender é ter proatividade, e na hora de repensar seu negócio, você terá que potencializar o seu alcance, então reforce a comunicação. Se possível, invista marketing e ações que de venda!
E para apoiar os nossos clientes, e as empresas que mais necessitam de orientação neste período instável e incerto, nós da Invente Comunicação, nos colocamos a sua disposição. Fale conosco pelo e-mail: contato@inventecomunicacao.com.br ou pelo telefone (41) 9 9729-4949.